sexta-feira, 10 de abril de 2009

Islamabad

Senti-me estagnado em Lahore. Nada a ver com o fato de gostar ou não do lugar, mas o fato é que sentir-me "preso", onde quer que seja, não me agrada.
Ainda havia importantes "compromissos turísticos", quero dizer, visitas a esses lugares que como turista você tem a obrigação de ir. Porém já estava lá a tempo o bastante e o lugar emanava uma energia preguiçosa sobre mim. Agarrei então a primeira oportunidade de ir a Islamabad.
No dia seguinte ao que o conheci, Josh e eu partimos por volta de 3 da tarde. Coincidentemente a maioria do povo que se hospedava no albergue também resolveu tomar o mesmo destino. Apenas nós entretanto resolvemos ir de trem enquanto todos os outros tomariam um ônibus. Minhas experiências prévias no Paquistão faziam-me optar pelo trem.
Passamos a primeira noite de Islamabad num hotel e no dia seguinte nos dirigimos para um camping. Um casal de franceses que viajavam de trailer me emprestaram a barraca que mais tarde viria a comprar. Encontramos praticamente a mesma turma de do Regale Internet Inn (o albergue em Lahore) acampados no Tourist Camp. O lugar ficava a beira de uma rodovia, o que o tornava um tanto barulhento, porém muitas vezes o cântico dos pássaros sobrepujava o barulho do tráfego. Um parque (Jasmine and Rose Garden) com extensos jardins de rosas e algumas árvores altas margeavam o camping ao sul. Logo à entrada uma casa de chá a céu aberto onde uma das árvores soltava pequeninas flores imitando com precisão o som de uma chuva fina e onde íamos com frequência escrever ou simplesmente exercitar o "doce fazer nada".

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