terça-feira, 14 de abril de 2009

De Islamabad a Gilgit

600 kms separam Gilgit, a cidade pivô do norte do Paquistão, de Islamabad. Com sorte e condições favoráveis de tempo o ônibus leva cerca de 20 horas saculejando por uma estrada tortuosa à encosta das montanhas. No nosso caso, porém, provavelmente levaremos mais tempo, considerando que chove ininterruptamente e veios d'água cortam a estrada para juntarem-se ao rio caudaloso que serpenteia à nossa direita no fundo do precipício. O cume das montanhas desaparece por entre as nuvens. Eventualmente passamos por vilas onde os moradores me fitam com a mesma curiosidade que eu a eles. Definitivamente desconhecemos o mundo um do outro.
Infelizmente as janelas embaçadas e o repique do ônibus na estrada me impede de fotografar a viagem. Portanto me resta tentar precariamente descrever com palavras um cenário que mesmo meus olhos que o veêm não o podem apreender de todo.
Paramos à estrada, uma enorme queda d'água à nossa frente arranca violentamente as pedras da estrada. Só nos resta esperar.
Depois de mais de uma hora parece que o volume de água diminui e um caminhão arrisca-se. Aguardamos mais um pouco e em seguida passamos.
Ao chegar a Gilgit, por volta das 23 horas (portanto 26 horas de viagem), toda a bagagem está molhada. Os ônibus no Paquistão não possuem bagageiro e as malas viajam no teto.

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